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Gustavo De Conti é apresentado como técnico da Seleção Brasileira masculina

Por Wilson Barbosa 29/09/2021 - Quarta-feira - Setembro


Gustavo De Conti é o novo treinador da Seleção Brasileira masculina de basquete (Foto: Divulgação CBB)



Gustavo De Conti foi apresentado oficialmente como novo técnico da Seleção Brasileira masculina de basquete. Nesta última terça-feira, 28 de setembro, na sede do Comitê Olímpico do Brasil, no Rio de Janeiro, o treinador foi apresentado em coletiva de imprensa ao lado do diretor institucional Marcelo Sousa e do diretor do basquete masculino, Diego Jeleilate.


Logo no início da coletiva, Gustavo se emocionou ao falar sobre a sua chegada ao cargo de treinador da Seleção. Nascido no Rio de Janeiro, De Conti trouxe para a coletiva a esposa e as filhas, para quem dedicou suas primeiras palavras e acabou chorando.


Gustavo começou na base do Ypiranga, ainda aos 17 anos, quando era jogador do Paulistano. Depois, passou pelas categorias de base do próprio Paulistano, assumiu o time profissional e então chegou ao Flamengo. De lá para cá, foi tricampeão do NBB (dois com o Fla e um com o Paulistano), venceu a Champions League e foi tricampeão carioca pelo Flamengo.



O primeiro desafio de Gustavo com o Brasil será em novembro, com o começo das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2023. O Brasil fará dois jogos no Chile, diante do time da casa, nos dias 26 e 27 de novembro. A Eliminatória e o futuro Mundial no Japão, Filipinas e Indonésia é o caminho para Paris 2024.


O evento contou com a presença do Diretor Geral do COB, Rogério Sampaio, do gerente de planejamento do COB, Sebastian Pereira, do presidente do CBC, Paulo Maciel, do presidente da LNB, Delano Franco, do vice-presidente de esportes olímpicos do Flamengo, Guilherme Kroll, do diretor de esportes olímpicos do Flamengo, Marcelo Vido (ex-jogador da Seleção), de Grego, presidente de honra da ConsuBasquet e membro FIBA, além do presidente da FBERJ, Daniel Riente, Leonardo Bruno, representante da ATBB.


Confira trechos da entrevista:


-Dizer que pra mim, que é um momento meu de agradecimento. Primeiro à minha família, e fala de família, Seleção Brasileira, essas coisas se misturam. Desde que me entendo por gente, tive o sonho de chegar aqui. Comecei em 1987 e todos sabem o que aconteceu no basquete brasileiro nesse ano. Sempre fui muito incentivado pelo meu pai, que não está mais aqui, e me apoiou muito. Minha mãe, que liga a TV e escolhe um time para torcer. Que ama o esporte. Esteve comigo. E o privilégio de encontrar e casar com uma pessoa que adora esporte, ama basquete, minhas filhas, que estão sempre juntas.


-Eu quero que seja mais leve, e com sentimento envolvido por todas as partes. Não sou dono da Seleção Brasileira, nem do basquete brasileiro. É uma responsabilidade de todos, de dirigentes. Temos obrigação de fazer o melhor pelo basquete. Gostaria que esse sentimento estivesse em todas as convocações. Não que não teve antes, mas que todos queiram estar com a seleção, treinar, abrir mão de todas as coisas.

-Agradecer a confiança do presidente Guy Peixoto Jr, do Marcelo Sousa, da CBB, e do Flamengo, na pessoa do presidente Landim, do Guilherme Kroll, do Marcelo Vido, desde os primeiros momentos, não teve nem muita discussão, sempre me incentivaram, o que demonstra um pensamento engajado com o basquete brasileiro. Comissões técnicas que trabalhei na história, o Flamengo por último, mas todos, o Ypiranga, Paulistano. Oportunidades que me deram como jovem. Agradecer muito.


-Respeito todas as histórias, mas tenho a minha. Eu comecei em escolinha, com crianças, passei por todas as categorias de base. Seleções estaduais de base, seleções nacionais de base, Paulistano. Até ter a oportunidade como técnico do Paulistano, e agora no Flamengo. Respeito muito a história de todos, mas tenho muito orgulho da minha.


-Temos que ir passo a passo, com os pés no chão, mas o primeiro objetivo já é a primeira janela. Temos objetivos macro, Copa do Mundo, onde o Brasil nunca ficou de fora, voltar para a Olimpíada, mas vamos uma coisa de cada vez.


-Tenho o benéfico de estar no Brasil diariamente, então posso acompanhar os jogadores diariamente, ver os atletas, mas conto também com um dos meus auxiliares, o Helinho, que tem feito um grande trabalho em Franca e tem lá jogadores que serão importantes para a Seleção. E no exterior, temos jogadores em vários países, atletas também importantes. E teremos nos EUA o Tiago Splitter, observando os jogadores nos EUA, se encontrando com eles. Esse mapeamento, essa observação, inclusive com técnicos como o Paulão Prestes, que está no Bayern, da Alemanha, serão importantes na nossa rede de observação. Teremos uma rede de pessoas trabalhando junto para ajudar a Seleção.


-O sucesso da Seleção é bom para todo mundo. Quero trazer um pouco da escola europeia, de um jogo mais pausado, e também um pouco do basquete de transição dos EUA, veloz, físico, com marcação forte. Espero que nossa seleção possa ter volume de jogo, com muita dinâmica.


-No mundo inteiro, tem um jogador que tem uma história, e surge um jovem, ioga bem três, quatro jogos, todo mundo gosta do novo. As vezes a gente fica muito ansioso, mas precisa ter calma. Nenhum jogador antigo vai jogar só com o nome, mas não podemos descartar ninguém por um ou dois jogos.


-A gente não pode negar que jogadores fora do país, Espanha, Itália, EUA, jogam em um nível maior. Mas precisam estar performando. Isso não é nenhuma vantagem. Não adianta ir pra Espanha e jogar no último colocado do campeonato. A situação dos jogadores, de dispensa, de pedidos, ficará mais com o Diego (Jeleilate), mas precisa ter sentimento envolvido. E isso tem que ficar claro daqui e de lá. Em um time, tem o objetivo coletivo, mas cada um tem seu objetivo individual. Mas nunca pode ser maior que o coletivo. Se de repente, naquele momento, o objetivo pessoal dele for maior, aí sim ele precisa ficar de fora. A Seleção é pra quem quer tá na Seleção. Eu vou falar aqui, mas no sentido positivo, hoje, nós não temos nenhum jogador insubstituível.


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